quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Mudança

Aos poucos vou tomando consciência que no Novo Ano muito mudará.

Terei mais um ano de existência se tudo correr bem.
Terei mais uns meses de trabalho até às almejadas férias.
Terei o Carnaval que nada me diz a Páscoa que dizem ser doce.

Mas...
Não te terei por perto.
Não te vou ouvir a voz quando  me apetecer ligar-te.
Não verei o teu sorriso lindo e os olhos doces.
Não te tocarei nas mãos, nem afagarei o teu cabelo que por vezes beijo.
Não te terei nos jantares a meio da semana... e menos ainda ao fim-de-semana.

Quando entrar lá em casa estará fechada, fria e sem o brilho da juventude que hoje me recebe.

Não imagino como irei lidar com a tua ausência.

No presente aproveito todos os momentos contigo.
No presente fico feliz com o teu cheiro
No presente preciso gritar que és um amor do meu coração.

E no futuro...

Ficarei à tua espera como uma enseada aconchegante sempre livre para ti.

Amo-te muito muito muito...


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A vida é feita de lições

Por vezes na tentativa de te esforçares por melhorar ou remediar algo,atrapalhas-te e sucede o oposto.
Aprendes-te a medir as palavras e refrear os ímpetos, mas não chega.
Aprendes-te a não questionar e calar, mas não chega.
Aprendes-te a refugiar-te no teu mundo interior, mas não chega.
Aprendeste que tens de contar contigo, mas não chega.
Aprendeste que a discórdia corrói e destrói, mas não chega.
Aprendeste a sorrir, quando te apetece chorar, mas não chega.

Caminha, ergue a cabeça e respira o ar que te envolve.
Longa será a caminhada, ou talvez não...
Mas ainda te falta muito para aprender.

A vida é feita de lições, vira esta página e aprende  com  futuro.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Angustia até morrer...





Angustia é um aperto no peito, e quase nem sabes respirar...
Angustia por vezes não te deixa dormir...
Angustia é a falta imensurável de algo ou alguém
Angustia é a insatisfação com o que vives, ouves, vês e lês...
Angustia é temeres o regresso a casa, a incerteza do que vai acontecer
Angustia é preferires viver atolada em trabalho que teres tempo para pensar e viver a vida
Angustia é já nada ser igual e não poder voltar a ser...
Angustia é saberes que estás por tua conta e teres sido outrora tão amada e mimada...
Angustia que não vejo desaparecer

Angustia até morrer...

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Carta a uma Amiga

Saber que posso contar contigo é importante.

Sentir que me ouves com atenção, e te preocupas com as minhas dores e mágoas, que te sentes feliz quando me sinto realizada e em forma, que partilhas comigo os silêncios inconfessáveis sem devassares o meu mundo, é especial.

As afinidades, que vão desde os pequenos detalhes do quotidiano, ao raciocínio e até a pormenores  picuinhas que nos fazem diferentes, são constantes e vamos descobrindo  dia a dia mais uma, já sorrimos batemos na mão uma da outra em sinal de cumplicidade.

Os momentos de dificuldade de uma, são sempre seguidos atentamente pela outra, mesmo que a impotência nos invada na sua resolução, mas o saber que a solidariedade está lá, é tão salutar.

Uma de nós tem a personalidade mais forte, mas não abafa a outra, incentiva, puxa o que de melhor a outra tem e ajuda-a a ganhar coragem para sair da sua concha, mas a quietude e serenidade da outra apaga as labaredas da mais forte quando esta se incendeia... o que não é fácil acalmar o tal vulcão

E tudo isto foi evoluindo com o passar do tempo, sem nada ser forçado ou movido por qualquer tipo de interesse, foi acontecendo...

Ainda bem que aconteceu!

Dizem que nada é eterno, já que até nós enquanto humanos morremos, mas acredito que esta amizade que nos une seja perene e nos permita desfrutar do que bom dela brota.

Hoje escrevi para ti...

Minha Amiga.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Tempo de espera...


A espera nem vai longa, mas angustiante...

A falta de informação e certezas, geram a ansiedade que se controla cada dia menos...

Este cansaço permanente, que me aperta o peito e me faz arrastar pelas ruas rumo às obrigatoriedades, sem alento e energia.

Acordar e sentir que é penoso até caminhar para o duche, sair de lá um pouco mais revitalizada mas longe de sentir que a sude está comigo.

E o dia passa, entre solicitações, compromissos obrigações, e o afivelar o sorriso para que pareça que estou bem é a cada minuto mais doloroso.

O regresso... da guerreira?
Sim é como me sinto ao voltar  casa, exausta, despojada de energia e a pensar, hoje apenas conquistaste mais uma balhata de sobrevivência, como será amanhã?
E os dias somam e seguem...
Já lá vão 3 semanas longas e dolorosas...

E eu que sempre soube colocar a razão acima do coração, é agora este malvado que dita os meus dias...

Mas para já há que acreditar, que vou ficar melhor,  sim se eu não acreditar que  terei ajuda... nem quero imaginar como vou encarar o futuro mais próximo.

Estou então em tempo de espera.



quarta-feira, 16 de julho de 2014

Quando se invertem os papéis

Quando se invertem os papéis tudo se complica.


Fomos educados a respeitar os mais velhos, a não lhes levantar a voz, a não os interromper com um toque no braço quando falam, porque o assunto é desinteressante, ou quiçá na sua óptica inoportuno, não lhes passávamos atestados de estupidez, apesar de na sua maioria, os mais velhos, serem analfabeta e nós os mais privilegiados já um pouco diferenciados.

Nem se tinha a coragem de os tratar por tu... era o Senhor ou a Senhora...

O 25 Abril não abriu portas... escancarou as barreiras do correto, eram só facilidades para não se ser "fascista"...

E a geração  que desabrochava nesses anos setenta tornou-se cobardemente permissiva para os seus descendentes.

Não se diziam aos pais:  "Não preciso de ti para nada!"

Porque  dos pais precisamos sempre!
Podemos ser independentes como pessoas, financeiramente constituir a nossa própria família, mas dos pais precisamos sempre...

Os pais são os pais.

Têm seguramente mil defeitos, mas também têm qualidades, e são eles que  nos dão tudo desde que nascemos... E se mais não dão é porque  não sabem ou não têm.

E este  "dar" não é  o lado monetário em questão,  é o amor, é a disponibilidade, é o colo, é o porto de abrigo, isso só os pais têm para dar.

E não há lágrimas,  nem arrependimentos que colmatem as nossas falhas perante eles  no dia que os vemos partir.

Sei tão bem do que falo...

Fica o remorso, a impotência, perante o que não se fez e poderia ter sido feito, perante o que se magoou  sem qualquer necessidade, perante o silêncio do desprezo, quando um simples"olá" lhes aconchegaria o seu dia.

Os tempos mudaram, e foi tão rápido...

E como num piscar e olhos tentamos enxergar ao redor e apenas se constata que os papéis se inverteram.

E é sinal que estamos a ficar tão velhos como os velhos da nossa juventude, mas  menos respeitados que outrora.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Uma estrela no céu



Sempre acreditei na vida para além da morte.

Não imagino os que partem com a forma humana, mas sim como uma luz, ou melhor uma estrela. 

E cada um de nós quando nasce tem a sua estrela, a estrela guia, que o acompanha até que também se torne estrela.

Mas ao longo da vida  podemos ou não adquirir a estrela que nos protege, ilumina e ampara.

Penso que terei alguma ou outra dos que tanto amei e partiram, não sei bem, mas há uma que tenho a certeza que brilha, me ampara, me ajuda quando a ela recorro e me ilumina quando s trevas se querem apoderar de mim, a minha estrela chama-se Peres (o meu pai).

Quantas vezes nos momentos duros que já vivi, sentada à noite no meu alpendre ou noutro local, olho o céu e falo para ele enquanto estrela, umas vezes muito zangada, outras vezes com saudade e lágrimas, outras serena e muitas vezes grata.

Eu sei, que tudo o que eu peça e seja justo a minha estrela ou Ele( Deus) mo fazem, posso ter de passar provações para que a minha fé seja testada e  eu sei disso, mas a justiça é feita, e eu nunca tive pressa.

E continuo a cada dia que se aproxima mais o meu dia de ser estrela a agradecer a todas as estrelas que me protegem e à minha família.

Um dia eu vou também ser estrela, e brilhar no céu para duas pesooas que pus no mundo e outra que só não nasceu do meu ventre mas amo de igual forma, porque ser avó é ser mãe duas vezes.

Até que seu seja estrela...







segunda-feira, 14 de julho de 2014

Soltar emoções

Já é tempo de de rebentar cadeados...

Rebentar as correntes da conveniência, do parece bem, do não magoar ou ferir suscetibilidades.

Dar  como se recebe, e o mais genuinamente possível.

Viver durante muito tempo a conter a mágoa, a revolta, o desamor, a tristeza, a alegria e até o amor, porque assim "não se tem chatices" faz parte do passado.

É tempo de soltar as emoções, é tempo de ser mais genuína, é tempo de quebrar a paz podre e "pegar o boi pelos cornos".

É tempo de dizer basta quando assim tenha de ser, é tempo de dizer benvindo se vieres por bem, é tempo de olhar nos olhos e dizer "quero que me respeites", é tempo de erguer a voz e fazer soar a razão por mais que isso possa custar...

Tudo na vida tem um preço a pagar.

Mas calar as emoções não tem moeda de troca, por isso...

È tempo de soltar as emoções.




sexta-feira, 11 de julho de 2014

Mediocrididade






Mediocrididade:

Sinônimos: 
Exiguidade insignificância insuficiência, parvidadepequenezmoderação,o vulgaridade,parca  razoabilidadeestreitezalimitação medianidade.

O medíocre é aquele que não aceita tentar sequer chegar a suficiente, já nem se pede um suficiente mais, vá lá,  um suficiente menos. era um passo em frente.

É oque se apega às raízes pobres, sujas e medíocres do meio onde foi gerado e cresceu, mesmo mudando desse meio e convivendo anos a fio com pessoas mais ou menos diferenciadas, com objetivos, com valores, com regras básicas de convivência e até de higiene, nada absorve, Fica imutável naquele seu estada«o lastimável de medíocre para toda a vida.

Pode tornar-se feroz...

Porque entende a grande diferença e isso incomoda, assusta e o ser enfrentado por motivos que frisam esse seu estado de vida trazem a vingança mesquinha, a tentativa perene de destruir pelos seus meios o bem estar do que é diferente  e o confronta com a realidade.

O mesquinho é corrosivo, disfarçando a sua maldade por trás de subterfúgios que só os mais atentos entendem  e não se deixam envolver na sua teia.

Não são seres para se privar de perto, viver ou conviver...

Mas há quem os tenha, e definhe, e lute e lute e nem semre ganha a batalha, mas a guerra apesar de longa ainda não chegou ao fim.

Para as ervas daninhas há o herbicida.

Para o medíocre a sensatez e a inteligência aliadas à perseverança e à Fé.




quarta-feira, 9 de julho de 2014

Profundamente triste

Todos os dias me colocam à prova.


As circunstâncias dos acontecimentos, as dificuldades profissionais, as "maleitas" de saúde e por vezes, e o mais grave os que me são próximos.

A instabilidade irrita-me não sei lidar bem com ela nunca soube, tentei muito tempo relevar e respirar fundo dando outra oportunidade, mas já não consigo.

Não é normal alguém estar numa roda familiar durante e após um jantar, esperar que os mesmos saiam, para começar com piadas sem nexo em que o objectivo é rebaixar, duvidar e até fazer graves insinuações que mancham a idoneidade de com quem se tem partilhado uma vida.

Exausta...

De ter de conviver com as oscilações de humor e amor ou desamor já não sei...
Cansada de pensar que ia partilhar uma vida com um homem e não com ele e a mãe.
Cansada de não haver reconhecimento, respeito e entreajuda.

A palavra de ordem é sempre:

- " Tens que"... (fazer.. tratar de... comprar... pagar.. entre muitos tens que)

E eu sei que tenho que sair disto.

Nunca tive tanta certeza e depois de ontem eu sei que:

- Tenho que ser feliz  e encontrar a paz, nem que viva sozinha o resto dos  meus dias.

Estou profundamente triste.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Reciprocidade

Reciprocidade, fui à procura de um sinónimo e encontrei este:

"Retorno, ter de volta na mesma medida."

Sorri..

A maioria dos meus dias não a obtenho.Ainda me iludo expetável, mas é raro...Parece que quando me conceberam, o fizeram apenas para que viesse ao mundo, para dar e não para receber.Mas ai de mim se não for recíproca prontamente, sou logo rotulada de egoísta, no  mínimo.

Às vezes saberia bem que não fosse sempre eu a tomar a iniciativa de ser preocupada, cordial e amiga...

A sério que sabia mesmo bem.

Mas se até ao dia de hoje isso não aconteceu duvido que haja um milagre.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Tempestade

Deixem-me quieta no meu espaço, respeitem o meu tempo e não invadam o meu caminho.

Não me pressionem por ninharias ou até por grandes motivos...

De nada adianta.

Sei o que faço, como o faço e porque o faço.

Cresci, aprendi, aprendo ainda, a experiência foi a minha escola de vida, por isso não deixo que me sufoquem.

Sei que o teu espaço e a tua vida a ti pertencem e nelas só entro por convite... 
Sei que por mais que discorde de ti, nem sempre tenho o direito de o manifestar ou intervir.

Mas ai de quem ouse quebrar estas regras de bem conviver...

A irritabilidade que tão bem controlo, em tantos momentos, ganha vulto e como um vento furioso tudo fulmina à sua volta.

Eu sou o mar calmo quando me tratam com respeito e carinho, mas fico a tempestade indomável quando transgridem a barreira que sempre ergui ao meu redor.

A tempestade ontem morou aqui.

Espero que hoje o Sol brilhe e o vento e as nuvens se dissipem.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Aos meus amigos

Muito se fala da amizade, muito se escreve sobre a amizade, muito se ouve falar de amizade.

Agora com as redes sociais proliferam os "amigos", com rosto porque há imagens (algumas demasiado apelativas, ou chamativas), outras sem rosto e no seu anonimato ainda assim "amigos", outros que são de fato "amigos" de longa data, e que na rede social se reencontraram, que quanto a mim, na sua maioria, passaram apenas a conhecidos, com o passar do tempo, mas ainda assim "amigos".

Mas afinal ainda há amigos.

Os de sempre, os que adicionamos ao não na nossa rede social, porque a usam ou não, mas acima de tudo porque os adicionamos cá dentro do peito.

Aquele amigo(a) a que ligas quando tens uma duvida nem que seja de índole profissional e há meses que nem um olá lhe dizes, e ele(a) prontamente este ajuda e nem te questiona.
Aquele amigo(a) que sabe que estás numa má fase da vida e  vai ter contigo sem te perguntar nada e em silêncio te abraça e sussurra" estou aqui, gosto muito de ti".
Aquele amigo(a) que no teu dia dia te ouve, te sorri e contigo divide as alegrias e tristezas numa partilha genuína e desinteressada.
Aquele amigo(a) que te aceita como és e te vê com os olhos do amor e do respeito.
Aquele amigo(a) que te chama à razão quando erras porque ser amigo é isso mesmo também.

Sim esses são os nossos AMIGOS.

E sou grata aos poucos que tenho, mas que são excelentes.

E em todos os momentos e exemplos que citei nunca me falharam.

Esqueçam as centenas que adicionam na rede social e valorizem os verdadeiros...
Ou melhor não esqueçam ninguém, mas valorizem o quem é de fato  importante.


terça-feira, 11 de março de 2014

Dias de Sol




Dias de Sol que voltaram depois de tanta chuva e frio.
A presença desta estrela  no dia a dia tem muita importância,
porque nos aquece,
porque nos ilumina até à alma,
porque os dias são mais bonitos
porque a noite chega mais tarde
porque a energia que emana nos envolve.

Talvez este maravilhoso Sol me esteja a ajudar,

Astral em alta, energia boa, e a saúde também~


Ainda há dias de Sol...

quinta-feira, 6 de março de 2014

Viagem

Há muito planeada a tua grande viagem.
Muito ouvi falar, planear e até sonhar.
E pensava para comigo, calma falta muito tempo.
E ouvia atenta e sem sentir bem o peso da distância.

Os meses voaram num ápice
E quando dei conta era dia 5 de Março, dia da partida
Para uma longa viagem pela Ásia.
Três meses sem te vem, sentir o teu cheiro, ouvir o teu riso,
Conversar contigo, discutir também, mas acabarmos amigas como sempre.

As lágrimas começaram a cair em silencio e às escondidas dias antes, ontem não sabia mais esconder.
E o que me deixou surpresa foi ver que as tuas caiam também...
Só tu e eu chorámos,em surdina, sem alaridos, mas sem poder contê-las.

Abraças beijos sussurros ao ouvido, as ultimas palavras 
Mãe e Filha ali...

Toda a família fez o mesmo.

E por 4 ou 5 vezes repetimos o ritual.
Abraços beijos e até já...

Até já filha...
Mãe


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Deserto



Caminho cansada sob o peso dos pensamentos que me assolam...
Recordo o passado com momentos de felicidade e harmonia.
Em que quem amo de mim dependia...
O tempo parece que apagou tudo isso..
Ninguém precisa de ninguém,
Apenas eu preciso de amor e atenção.
Mas isso importa?
Claro que não , 
"ela ainda mexe"...

Até quando?
Até sempre penso eu.

O deserto desta vida sufoca,
Queima e faz arder a alma
Alma que dói e está sem alento.

Lágrimas caem...
Silêncios que ficam...
Esperanças que não existem...

Fico eu e o meu deserto.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Começar de novo

Após meses a fio nas trevas, assolada dum marasmo lascivo que tudo embarga, eis quando alguém desconhecido com um comentário faz o clique.

"Precisa mesmo muito, de perder peso"

Frase dita e repetida pela família, frase escrita no meu espelho, que ignorei porque sim.

E a vontade de começar uma dieta seguida, de mudar o meu sedentarismo cómodo que me remete para o conforto dum sofá, foi ganhando forma, deixou de ser um projeto a longo prazo é para já.

E o já começa hoje, e é para continuar.

E já nem é pela minha saúde é pela minha auto estima, é por mim.

Cansei-me de viver para os outros e há que pensar também  preciso de motivos e incentivos para ser feliz.

Começar de novo é  o lema.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Vazio

Os dias cinzentos sucedem-se
A chuva imparável já fustiga a alma
As ruas são um amontoado de chapéus de chuva quebrados,
As rotinas já de si penosas
Tornam-se autênticos castigos
Sob os açoites do vento e da chuva.
Cansaço de quem passa,
Ombros vergados, sapatos molhados.

Vazio de assuntos
Vazio de sorrisos
Vazio de esperança...

Inverno que traga o Sol
Inverno no coração.
Vazio.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Tudo está bem

Tudo está bem, sem alterações
Tudo está bem, sem emoções.

Tudo está bem...
Sem alegrias ou tristezas
Novidades ou incertezas,
Tudo está  bem???

Por norma diz-se sempre que sim
Mesmo que nada se faça ou se passe

Afinal
Tudo está bem quando começa e acaba bem.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Condescendência

Nem sempre é fácil ser-se condescendente.

Depende da forma de estar de cada pessoa e do seu interlocutor, do  grau de intimidade ou afabilidade construído entre ambos, ou em situações específicas.

Por norma sou exigente e  a tolerância à inércia, a situações passivas de se resolver e perfeitamente viáveis, fica  difícil.

Mas aprendi a controlar-me e não deixar transparecer desagrado, mordendo a língua para não falar.

Consigo  ser condescendente quando percebo os motivos que levam a situações menos confortáveis e corretas, no entanto há momentos que se torna difícil ver e  ficar passiva.

Mas  a atitude a adotar vai ter de ser...  não vi, não sei e nem falo.

Difícil....
Mas viável e fazível.
Respirar fundo e seguir em frente que amanhã é outro dia.






quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Marasmo



E aqui me quedo neste marasmo que me invade o corpo e percorre a alma,
como se a inércia se sobrepusesse a qualquer força.

Sem aspirações,
Sem devaneios,
Sem anseios,
Sem projetos,
Sem horizontes a descobrir,
Num mar morto de emoção.

Assim se queda o coração,
Assim se silencia a razão,
Assim se espera por outro dia,
Num marasmo torpe
Que teima em não passar.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Quem te avisa...

Apesar de não ser perfeita,  muito longe disso,existem regras e normas que não transgrido e não gosto de ver transgredir.

Primeiro por repeito a mim mesma, ouvir um reparo, por desmazelo ou incúria pessoal ou profissional, é vexante.
Não tenho nem idade nem estatuto para prevaricar e depois ser admoestada, ia sentir-me péssima.

E em virtude deste fio de raciocínio e atitude, tento sempre que vejo alguém que oscila na corda bamba alertar para que o caminho seja seguro,de forma a  evitar os eventuais reparos.

Há casos em que funciona e fico gratificada pela forma como as situações evoluem e os resultados fluem.

Noutros a exaustão já se apoderou de mim, e de tal cansaço desisti.

Fico em silêncio e pesarosa ver  quem se afunda, sempre feliz e contente, pensando que nunca há consequências para os seus atos e decisões.

E claro que como tudo na vida as paredes têm ouvidos e os tetos têm olhos, os reparos, as críticas já não são camufladas, e até a má vontade inerente, surgiu.

Os queixumes não se ouviram, a consciência pesa, e afinal acabam por refletir tardiamente no sucedido...

Entristecida a tudo assisto em silêncio.

E agora é caso para pensar:

Quem te avisa... teu amigo é.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Pedra no Sapato



Por muito que se fale, se chegue à conclusão que certas mágoas estão ultrapassadas,  a verdade é que não é bem assim.

A marca fica lá, a memória esquece... mas ao mais leve abano volta.

Volta com mais ou menos intensidade, mas volta.

E quando volta não quer partir, ficam silêncios, palavras contidas, suspiros de alma...

A pedra no sapato incomoda...
A pedra no sapato faz desconfiar.
A pedra no sapato faz temer mais dor.
A pedra no sapato é sinal de perda.

De confiança,
De esperança que tudo possa mudar.
De...

...

Amor?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Amor Sereno

Em ti me perdi,
Nos recônditos do teu corpo
Da tua pele e do cheiro
Bebi sofrega o amor
Que tinhas para me dar.

Hoje em ti me reencontro,
Na subtileza dos gestos
No silencio que nos faz companhia
Nas mãos que seguram as minhas
Como que para me proteger e amparar.

Amor sereno...
Vida de harmonia,
Demorou tanto,
Mas encontramos a sintonia.

Amor sereno
De prata salpicado
Almejando chegar ao ouro...

O ouro que és tu e eu.
Tesouro.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Novo Ano

Novo Ano e dizem que nova vida.

Eu já me contento em ter em 2014 um ano como o que findou.
Desde que haja paz, saúde e harmonia é bom.

Balanço do  ano que findou, positivo, apesar das vicissitudes de um país decadente e em crise.
Expetativas, poucas, já que a partir de uma certa fase se deixa de acreditar em tudo o que nos prometem, a acreditar tem de ser em mim.

Objetivos, continuar o que comecei em termos profissionais, em família manter e ate melhorar o clima que vivemos, e com os amigos(as)  o mesmo, deixando sempre uma porta entreaberta para quem possa vir juntar-se a este núcleo que me é tão especial.

Refúgio a minha Casinha do Quintal.
Porto de abrigo. a família.
Alegria a minha doce L.
Felicidade tenho de a construir sem isso não a terei.

Desejos??


Poucos e realizáveis.


Bom Ano 2014