terça-feira, 22 de julho de 2014

Tempo de espera...


A espera nem vai longa, mas angustiante...

A falta de informação e certezas, geram a ansiedade que se controla cada dia menos...

Este cansaço permanente, que me aperta o peito e me faz arrastar pelas ruas rumo às obrigatoriedades, sem alento e energia.

Acordar e sentir que é penoso até caminhar para o duche, sair de lá um pouco mais revitalizada mas longe de sentir que a sude está comigo.

E o dia passa, entre solicitações, compromissos obrigações, e o afivelar o sorriso para que pareça que estou bem é a cada minuto mais doloroso.

O regresso... da guerreira?
Sim é como me sinto ao voltar  casa, exausta, despojada de energia e a pensar, hoje apenas conquistaste mais uma balhata de sobrevivência, como será amanhã?
E os dias somam e seguem...
Já lá vão 3 semanas longas e dolorosas...

E eu que sempre soube colocar a razão acima do coração, é agora este malvado que dita os meus dias...

Mas para já há que acreditar, que vou ficar melhor,  sim se eu não acreditar que  terei ajuda... nem quero imaginar como vou encarar o futuro mais próximo.

Estou então em tempo de espera.



quarta-feira, 16 de julho de 2014

Quando se invertem os papéis

Quando se invertem os papéis tudo se complica.


Fomos educados a respeitar os mais velhos, a não lhes levantar a voz, a não os interromper com um toque no braço quando falam, porque o assunto é desinteressante, ou quiçá na sua óptica inoportuno, não lhes passávamos atestados de estupidez, apesar de na sua maioria, os mais velhos, serem analfabeta e nós os mais privilegiados já um pouco diferenciados.

Nem se tinha a coragem de os tratar por tu... era o Senhor ou a Senhora...

O 25 Abril não abriu portas... escancarou as barreiras do correto, eram só facilidades para não se ser "fascista"...

E a geração  que desabrochava nesses anos setenta tornou-se cobardemente permissiva para os seus descendentes.

Não se diziam aos pais:  "Não preciso de ti para nada!"

Porque  dos pais precisamos sempre!
Podemos ser independentes como pessoas, financeiramente constituir a nossa própria família, mas dos pais precisamos sempre...

Os pais são os pais.

Têm seguramente mil defeitos, mas também têm qualidades, e são eles que  nos dão tudo desde que nascemos... E se mais não dão é porque  não sabem ou não têm.

E este  "dar" não é  o lado monetário em questão,  é o amor, é a disponibilidade, é o colo, é o porto de abrigo, isso só os pais têm para dar.

E não há lágrimas,  nem arrependimentos que colmatem as nossas falhas perante eles  no dia que os vemos partir.

Sei tão bem do que falo...

Fica o remorso, a impotência, perante o que não se fez e poderia ter sido feito, perante o que se magoou  sem qualquer necessidade, perante o silêncio do desprezo, quando um simples"olá" lhes aconchegaria o seu dia.

Os tempos mudaram, e foi tão rápido...

E como num piscar e olhos tentamos enxergar ao redor e apenas se constata que os papéis se inverteram.

E é sinal que estamos a ficar tão velhos como os velhos da nossa juventude, mas  menos respeitados que outrora.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Uma estrela no céu



Sempre acreditei na vida para além da morte.

Não imagino os que partem com a forma humana, mas sim como uma luz, ou melhor uma estrela. 

E cada um de nós quando nasce tem a sua estrela, a estrela guia, que o acompanha até que também se torne estrela.

Mas ao longo da vida  podemos ou não adquirir a estrela que nos protege, ilumina e ampara.

Penso que terei alguma ou outra dos que tanto amei e partiram, não sei bem, mas há uma que tenho a certeza que brilha, me ampara, me ajuda quando a ela recorro e me ilumina quando s trevas se querem apoderar de mim, a minha estrela chama-se Peres (o meu pai).

Quantas vezes nos momentos duros que já vivi, sentada à noite no meu alpendre ou noutro local, olho o céu e falo para ele enquanto estrela, umas vezes muito zangada, outras vezes com saudade e lágrimas, outras serena e muitas vezes grata.

Eu sei, que tudo o que eu peça e seja justo a minha estrela ou Ele( Deus) mo fazem, posso ter de passar provações para que a minha fé seja testada e  eu sei disso, mas a justiça é feita, e eu nunca tive pressa.

E continuo a cada dia que se aproxima mais o meu dia de ser estrela a agradecer a todas as estrelas que me protegem e à minha família.

Um dia eu vou também ser estrela, e brilhar no céu para duas pesooas que pus no mundo e outra que só não nasceu do meu ventre mas amo de igual forma, porque ser avó é ser mãe duas vezes.

Até que seu seja estrela...







segunda-feira, 14 de julho de 2014

Soltar emoções

Já é tempo de de rebentar cadeados...

Rebentar as correntes da conveniência, do parece bem, do não magoar ou ferir suscetibilidades.

Dar  como se recebe, e o mais genuinamente possível.

Viver durante muito tempo a conter a mágoa, a revolta, o desamor, a tristeza, a alegria e até o amor, porque assim "não se tem chatices" faz parte do passado.

É tempo de soltar as emoções, é tempo de ser mais genuína, é tempo de quebrar a paz podre e "pegar o boi pelos cornos".

É tempo de dizer basta quando assim tenha de ser, é tempo de dizer benvindo se vieres por bem, é tempo de olhar nos olhos e dizer "quero que me respeites", é tempo de erguer a voz e fazer soar a razão por mais que isso possa custar...

Tudo na vida tem um preço a pagar.

Mas calar as emoções não tem moeda de troca, por isso...

È tempo de soltar as emoções.




sexta-feira, 11 de julho de 2014

Mediocrididade






Mediocrididade:

Sinônimos: 
Exiguidade insignificância insuficiência, parvidadepequenezmoderação,o vulgaridade,parca  razoabilidadeestreitezalimitação medianidade.

O medíocre é aquele que não aceita tentar sequer chegar a suficiente, já nem se pede um suficiente mais, vá lá,  um suficiente menos. era um passo em frente.

É oque se apega às raízes pobres, sujas e medíocres do meio onde foi gerado e cresceu, mesmo mudando desse meio e convivendo anos a fio com pessoas mais ou menos diferenciadas, com objetivos, com valores, com regras básicas de convivência e até de higiene, nada absorve, Fica imutável naquele seu estada«o lastimável de medíocre para toda a vida.

Pode tornar-se feroz...

Porque entende a grande diferença e isso incomoda, assusta e o ser enfrentado por motivos que frisam esse seu estado de vida trazem a vingança mesquinha, a tentativa perene de destruir pelos seus meios o bem estar do que é diferente  e o confronta com a realidade.

O mesquinho é corrosivo, disfarçando a sua maldade por trás de subterfúgios que só os mais atentos entendem  e não se deixam envolver na sua teia.

Não são seres para se privar de perto, viver ou conviver...

Mas há quem os tenha, e definhe, e lute e lute e nem semre ganha a batalha, mas a guerra apesar de longa ainda não chegou ao fim.

Para as ervas daninhas há o herbicida.

Para o medíocre a sensatez e a inteligência aliadas à perseverança e à Fé.




quarta-feira, 9 de julho de 2014

Profundamente triste

Todos os dias me colocam à prova.


As circunstâncias dos acontecimentos, as dificuldades profissionais, as "maleitas" de saúde e por vezes, e o mais grave os que me são próximos.

A instabilidade irrita-me não sei lidar bem com ela nunca soube, tentei muito tempo relevar e respirar fundo dando outra oportunidade, mas já não consigo.

Não é normal alguém estar numa roda familiar durante e após um jantar, esperar que os mesmos saiam, para começar com piadas sem nexo em que o objectivo é rebaixar, duvidar e até fazer graves insinuações que mancham a idoneidade de com quem se tem partilhado uma vida.

Exausta...

De ter de conviver com as oscilações de humor e amor ou desamor já não sei...
Cansada de pensar que ia partilhar uma vida com um homem e não com ele e a mãe.
Cansada de não haver reconhecimento, respeito e entreajuda.

A palavra de ordem é sempre:

- " Tens que"... (fazer.. tratar de... comprar... pagar.. entre muitos tens que)

E eu sei que tenho que sair disto.

Nunca tive tanta certeza e depois de ontem eu sei que:

- Tenho que ser feliz  e encontrar a paz, nem que viva sozinha o resto dos  meus dias.

Estou profundamente triste.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Reciprocidade

Reciprocidade, fui à procura de um sinónimo e encontrei este:

"Retorno, ter de volta na mesma medida."

Sorri..

A maioria dos meus dias não a obtenho.Ainda me iludo expetável, mas é raro...Parece que quando me conceberam, o fizeram apenas para que viesse ao mundo, para dar e não para receber.Mas ai de mim se não for recíproca prontamente, sou logo rotulada de egoísta, no  mínimo.

Às vezes saberia bem que não fosse sempre eu a tomar a iniciativa de ser preocupada, cordial e amiga...

A sério que sabia mesmo bem.

Mas se até ao dia de hoje isso não aconteceu duvido que haja um milagre.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Tempestade

Deixem-me quieta no meu espaço, respeitem o meu tempo e não invadam o meu caminho.

Não me pressionem por ninharias ou até por grandes motivos...

De nada adianta.

Sei o que faço, como o faço e porque o faço.

Cresci, aprendi, aprendo ainda, a experiência foi a minha escola de vida, por isso não deixo que me sufoquem.

Sei que o teu espaço e a tua vida a ti pertencem e nelas só entro por convite... 
Sei que por mais que discorde de ti, nem sempre tenho o direito de o manifestar ou intervir.

Mas ai de quem ouse quebrar estas regras de bem conviver...

A irritabilidade que tão bem controlo, em tantos momentos, ganha vulto e como um vento furioso tudo fulmina à sua volta.

Eu sou o mar calmo quando me tratam com respeito e carinho, mas fico a tempestade indomável quando transgridem a barreira que sempre ergui ao meu redor.

A tempestade ontem morou aqui.

Espero que hoje o Sol brilhe e o vento e as nuvens se dissipem.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Aos meus amigos

Muito se fala da amizade, muito se escreve sobre a amizade, muito se ouve falar de amizade.

Agora com as redes sociais proliferam os "amigos", com rosto porque há imagens (algumas demasiado apelativas, ou chamativas), outras sem rosto e no seu anonimato ainda assim "amigos", outros que são de fato "amigos" de longa data, e que na rede social se reencontraram, que quanto a mim, na sua maioria, passaram apenas a conhecidos, com o passar do tempo, mas ainda assim "amigos".

Mas afinal ainda há amigos.

Os de sempre, os que adicionamos ao não na nossa rede social, porque a usam ou não, mas acima de tudo porque os adicionamos cá dentro do peito.

Aquele amigo(a) a que ligas quando tens uma duvida nem que seja de índole profissional e há meses que nem um olá lhe dizes, e ele(a) prontamente este ajuda e nem te questiona.
Aquele amigo(a) que sabe que estás numa má fase da vida e  vai ter contigo sem te perguntar nada e em silêncio te abraça e sussurra" estou aqui, gosto muito de ti".
Aquele amigo(a) que no teu dia dia te ouve, te sorri e contigo divide as alegrias e tristezas numa partilha genuína e desinteressada.
Aquele amigo(a) que te aceita como és e te vê com os olhos do amor e do respeito.
Aquele amigo(a) que te chama à razão quando erras porque ser amigo é isso mesmo também.

Sim esses são os nossos AMIGOS.

E sou grata aos poucos que tenho, mas que são excelentes.

E em todos os momentos e exemplos que citei nunca me falharam.

Esqueçam as centenas que adicionam na rede social e valorizem os verdadeiros...
Ou melhor não esqueçam ninguém, mas valorizem o quem é de fato  importante.